Já em solo brasileiro, com boa parte da equipe no trânsito de São Paulo, em direção a suas casas, e outra parte ainda no aeroporto, esperando pelos seus voos (como é o meu caso, aguardando o avião para Vix). Encerra-se a viagem da equipe olímpica, com muito cansaço, mas sensação de dever cumprido. A jornada de volta foi duríssima, iniciando-se às 3h45 da madruga (horário de Khanty-Mansiysk), de ônibus até o aeroporto. A equipe praticamente não dormiu após a última rodada do torneio.
Embarcamos às 6h30, com destino a Moscou, onde chegamos às 7h30 (horário de Moscou, 2 horas a menos de fuso para Khanty). Lá nos despedimos de Diamant, que ficou em Moscou para pegar o voo para Lubock apenas no dia seguinte. Tivemos uma espera de 7 horas, com muita gente dormindo sentada no sofá do café. Embarcamos com destino a Zurich, onde a espera seria de mais de 6 horas. Aí parte da delegação preferiu continuar no aeroporto e outra parte saiu para conhecer a cidade Suíça. Vejamos algumas fotos do passeio:
Essa foto merece destaque! As legendas do que é proibido fazer dentro dos trenzinhos elétricos, pela ordem:
Proibido fazer fumaça na cabeça dos passageiros; proibido entrar de bolsos vazios e para fora da calça; proibido tocar violão; proibido serrar os bancos; e proibido colocar os pés sobre as cadeiras, se estiver de patins.
Agora sim, as fotos do passeio:
Essa loja de chocolate não sai da minha cabeça!
Andei vendo no blog da Rádio Xadrez um questionamento sobre a questão da entrega da escalação. O capitão da equipe era o Darcy e ele sempre entregava as escalações, sem problema. Apenas da oitava rodada em diante é que eu assumi o compromisso, uma vez que designei o GM para outras atividades que lhe exigiriam tempo a mais de trabalho. Como chefe de delegação, eu fazia o papel de “coringa” em casos de necessidade. Um exemplo, foi a nona rodada, onde substituí o Alvinho como capitão do time feminino, já que o titular do posto estava passando mal (garganta inflamada) e a saída no frio só faria piorar o seu estado, após ser medicado corretamente.
O engraçado é que muitos times incorreram nesse problema de escalação, mas ninguém divulgava isto. Apenas nossa delegação foi transparente. Seria inimaginável que o capitão da equipe absoluta da França pudesse esquecer de entregar a escalação simplesmente, não seria? Mas aconteceu e não foi por causa do relógio. Pior ainda foi o caso de um atleta de outra delegação, que era o reserva do time e precisava apenas sentar para jogar na última rodada para fazer norma (tinha jogado 8 rodadas e, mesmo perdendo na nona, faria a norma dupla com mais uma partida). O capitão da equipe esqueceu de entregar a escalação e a norma não rolou… No dia em que não consegui entregar a norma, tive a companhia do capitão da equipe iraquiana… Enfim, foram muitos e muitos casos deste tipo.
Bom, está na hora de embarcar para Vitória! Ainda devo fazer um post final, atualizar as fotos no álbum, etc.
Abraço!
AI Pablyto Robert
Presidente da CBX
Twitter @IA_Pablyto
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Quase fim da viagem
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Salve, Mr. Pablyto! Obrigado por esclarecer a dúvida que apareceu lá na Rádio Xadrez. Foi de muita elegância da sua parte! ;) Apenas para esclarecer, a dúvida surgiu no chat em que comentávamos, torcíamos e assistíamos, ao vivo, à última rodada. O post da Rádio Xadrez só levantou a dúvida de um participante do chat, que está agora prontamente respondida e, se me permite, irei copiar o trecho para o mesmo lugar no Vida em Miniatura em que a dúvida surgiu. Abraços e bom descanso!
ResponderExcluirPablyto e delegação, parabéns pelo execelente trabalho na Olimpíada e pelo o resultado inédito na categoria aberta.
ResponderExcluirEsta foi a Olimpíada com mais informações para a "torcida" e foi muito bom acompanhar tanto no blog quanto pelo twitter, além da cobertura oficial da FIDE.
É muito legal a sua postura de vir a público e falar sobre suas decisões e erros. Apenas quem tem competência e confiança no que faz tem a capacidade de ser tão transparente!
Abraços e, mais uma vez, parabéns a toda equipe!
Roberto Stelling